domingo, 16 de agosto de 2009

Filme 'Brüno' chega ao Brasil em versão mais leve, mas ainda polêmica

Aqui no Brasil, a pedido do próprio Cohen, a versão exibida será mais leve do que a tradicional, com cerca de um minuto a menos. A intenção do ator, que colocou cópia idêntica na Austrália, era conseguir que a indicação para o filme fosse menos que 18 anos -o que não aconteceu. Até porque "Brüno" continua, mesmo editado, mostrando close de órgãos genitais e cenas de sexo.



O protagonista vivido por Cohen é um homossexual austríaco, apresentador de um programa de televisão especializado em moda, obcecado por celebridades e fama. A sua demissão, por conta de alguns incidentes, serve de desculpa para Brüno sair em busca do mundo e conquistá-lo. Dos Estados Unidos ao Oriente Médio, com uma rápida parada na África, o personagem leva por onde passa o humor sem limites -- muitas vezes hilário, outras, grosseiro.

Em 2006, com "Borat - O segundo melhor repórter do glorioso país Cazaquistão viaja à América", Baron Cohen elevou o patamar do politicamente incorreto e do ofensivo com seu repórter cazaque numa cruzada pelos Estados Unidos a fim de compreender e desvendar o American way of life. "Brüno" não é muito diferente, mas, em alguns momentos, o ator parece ter perdido o limite. O personagem quer ser "o maior superstar austríaco desde Hitler".

Dirigido por Larry Charles, o mesmo de "Borat", a comédia é precisa ao criticar o culto às celebridades instantâneas -- um fenômeno que atingiu proporções assustadoras nos últimos tempos. Aqui, novamente, boa parte da graça vem de pessoas que não são atores reagindo às provocações de Brüno -- todas feitas num tom muito sério, como se fosse real.

Na fashion week da Áustria, antes de ser demitido, o personagem entrevista uma modelo e pergunta sobre as dificuldades da profissão -- entre as quais, a de colocar o pé direito na frente do esquerdo, e vice-versa, ou seja, o simples ato de andar. A moça seriamente concorda que, realmente, é muito difícil.

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